Tia, o tio é seu..., seu... amigo? Esta foi a pergunta que fez uma menina de 7 anos ao ver que o tio deu um beijo na tia. A tia se espanta, se compadece da sobrinha e responde: O tio é meu marido.
Aquela criança não se lembra de quando o pai vivia com a mãe e por isso não associa a maternidade e a paternidade com o casamento e nem com a família. Aquela criança nunca viu um gesto de carinho do pai em relação a mãe, e por isso não sabe que é normal que “os pais” e as “mães” se amem e que seria nestas circunstancias que surgem os filhos.
Apesar de tudo, a menina de alguma forma captou que entre o tio e a tia existia uma forma de amor mais séria do que entre namorados. A tia e o tio se amavam, moravam na mesma casa e eram os pais dos primos. Novidade chocante para a sobrinha. Mas aquela criança sentiu que a palavra “namorado” não era a que se devia usar e vacilou com a palavra amigo, porque não conhecia o conceito de marido que estava só descobrindo.
Esta cena não está isolada. Vivemos numa sociedade onde as crianças que não vivem com o pai e a mãe como família são cada vez mais comuns. O conhecer crianças nesta situação nem mesmo choca as pessoas que vivem na sociedade atual como acontecia a vinte anos atrás. Isto já está se tornando ordinário. Quantas crianças no mundo de hoje são educadas pelos avós, tios, irmãos mais velhos ou outros educadores alternativos! Ou ainda, quantas crianças crescem em um ambiente sem muitos valores, sem família!
Uma criança que cresce sem família se tornará adulta e ... Se tiver filhos, que ambiente pensará para eles? Família? Quais valores transmitirão para eles? Quem serão os educadores alternativos? Avós? Já seria difícil para esta geração, já que avós deveriam ter sido pais um dia. Mas entre o tipo de pais que estes tiveram... Será que as crianças serão deixadas em grande parte em instituições como orfanatos ou FEBEM?
Ainda que nem todas as pessoas educadas nas condições tão ordinárias da sociedade atual sejam delinqüentes, veremos que em grande parte os atuais delinqüentes viveram na sua infância em circunstancias semelhantes senão idênticas as mencionadas. Por este caminho, como estará a sociedade em uns 20, 30 ou 50 anos? Que futuro estamos preparando?
O dedicar-se a formação da juventude. Transmitir-lhes os valores do bom senso. Desenfuscar a vista dos jovens neste mundo confuso. Ensinar-lhes a chamar o pau pau e a pedra pedra, que na fogueira se queima pau e não pedra. Educar os jovens para a família. ? É o melhor investimento para o futuro.