domingo, 22 de novembro de 2009

Biquíni novo

Biquíni novo no verão, corpo bonito, boa saúde. Carro novo e casa remodelada, prosperidade. Não é hora para gravidez.

O casal não quer estragar as férias de verão com a possível vinda de um filho, de outra forma, não poderiam se entregar às diversões tão sonhadas. Não só isso, também querem economizar para poderem ter uma casa bonita, comprar um carro bom... Enfim, também desfrutar do casamento. Para isso tem procurado os auxílios médicos necessários para não sofrerem o acidente de terem um filho.

Parece que já foi o tempo em que os casais com alegria espalhavam entre familiares e amigos o fato de uma nova gravidez. Agora sobre uma criança escutamos que a pílula não funcionou, que o preservativo estourou ou que foi um descuido... A gravidez se transformou em uma doença e a vida de uma criança em fruto de má sorte.

Objetivamente falando, não é sinal de boa saúde e sucesso de um casal o fato de poderem gerar filhos? Que o amor entre eles possibilitou a existência da vida de outras pessoas? Uma criança é algum tipo de calamidade? O fato de que tenhamos nascido, sido crianças e existamos então é um desastre?

É verdade que se pode preparar melhor para ter os filhos. Esta atitude mostra o fato de querer o bem deles, de serem responsáveis para com eles, de já amá-los com antecipação. Tudo isso é bem diferente do evitá-los. Infelizmente, a última atitude está sendo cada vez mais dominante.

Se a vida é enfermidade, então morte é saúde. E já está acabando o tempo que buscávamos os auxílios médicos para viver. Se assim estão nossas atitudes, atitudes contra a vida, estamos construindo uma cultura de morte.

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